Pesquisar este blog

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ESCOLA VILLASBOAS - 5ª série - Tarefa de História para terça-feira (25/10)

Caros alunos da 5ª série!

Atenção para tarefa de HISTÓRIA que deve ser feita para a aula de Terça-feira (25/10):
Exercício 5 da página 185 da apostila.

Alguns sites para vocês pesquisarem sobre os temas de sua tarefa:
As origens do Senado na Roma Antiga e no Brasil
http://www.jornaldedebates.com.br/debate/para-que-serve-senado-republica/artigo/as-origens-senado-na-roma-antiga-no-brasil

Câmara dos Deputados e Senado Federal
http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/congresso_nacional.htm

Funções do Senado e do senador
http://www.brasilescola.com/politica/senador.htm

Lista com o nome dos senadores que representam cada Estado
http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_atual.asp?o=3&u=*&p=*

Cuidem-se!
Ass: Prof. Samuka

domingo, 26 de setembro de 2010

Renascimento cultural - Capela Sistina (visita 3D)

É pouco provável que você não conheça a imagem acima! Ela representa o toque divino que cria Adão. Pois saiba que tal pintura é um "mero detalhe" de uma grandiosa obra! Ela faz parte de uma série de pinturas extremamente elaboradas, feitas por Michelangelo e que ilustram a Cape Sistina, que fica no Vaticano.
Então, que tal conhecer os demais detalhes desta obra? Não, você não precisa ir a Europa (se bem que, seria ótimo ir até lá!) para acontecer estes detalhes. É só clicar no link abaixo e fazer um visita 3D a Capela Sistina. Fique a vontade:

Visite o site e comente o que você achou!
Abraços,
Prof. Samuka Araújo

domingo, 19 de setembro de 2010

VILLASBOAS - 6ª série - Links para consultar conteúdo da tarefa

Meus caros alunos da 6ª série,
Atenção para tarefa que deve ser feita para a aula de terça-feira (21/09):

Exercícios 04, 05 e 06 das páginas 130 e 131 da apostila.

Alguns sites para vocês pesquisarem sobre o tema de sua tarefa:
http://www.brasilescola.com/sociologia/mst.htm
http://www.brasilescola.com/sociologia/reforma-agraria.htm

Abraços!
Prof. Samuka Araújo

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Império Mali

por Érica Turci*

O Reino de Mali era, a princípio, uma região do Império de Gana habitada pelos mandingas. Era composto por 12 reinos menores ligados entre si, e tinha como capital Kangaba. Os mandingas chamavam seu território de Manden (= terra dos mandingas).

Após anos de guerras entre os soninquês de Gana e os almorávidas (século 11), e depois das guerras com os sossos (século 12), Mali conseguiu sua independência e adotou o islamismo. E, apesar de passar por um período de crise política e econômica, conseguiu se restabelecer e, em 1235, os mandingas de Mali conquistaram o território do antigo Império de Gana, sob a liderança de Maghan Sundiata, que recebeu o título de Mansa, que na língua mandinga significa "imperador".

O nome que os mandingas davam ao seu império era Manden Kurufa; o nome Mali era usado por seus vizinhos, os fulas, para se referir ao grande império. Manden Kurufa significa Confederação de Manden. A capital era Niani (atualmente uma aldeia na República da Guiné).

Ao contrário do Império de Gana, que somente se preocupava em manter os povos dominados, a fim de controlar o comércio regional, o Império de Mali se impôs de forma centralista, estabelecendo fronteiras bem definidas e formulando leis por meio de uma assembleia chamada Gbara, composta por diversos povos do império. A aplicação da justiça era implacável, tanto que vários viajantes se referiam aos povos negros como "os que mais odeiam as injustiças - e seu imperador não perdoa ninguém que seja acusado de injusto". Acredita-se que o Império de Mali tivesse a extensão da Europa Ocidental.

O Império de Mali se tornou herdeiro do Império de Gana, pois passou a controlar todo o comércio local. O ouro extraído por Mali sustentava grande parte do comércio no Mediterrâneo. Conta-se que, entre 1324 e 1325, Mansa Mussa, em peregrinação a Meca, parou para uma visita ao Cairo e teria presenteado tantas pessoas com ouro, que o valor desse metal se desvalorizou por mais de 10 anos.

Também sob o reinado de Mussa, a cidade de Timbuktu (ou Tombuctu) se tornou uma das mais ricas e importantes da região. Sua universidade era um dos maiores centros de cultura muçulmana da época, e produziu várias traduções de textos gregos que ainda circulavam nos séculos 14 e 15. A grandiosidade de Timbuktu atravessou os tempos e, no século 19, exploradores europeus se embrenharam pelos caminhos africanos, seguindo o rio Níger, em busca da lendária cidade.

O Império de Mali entrou em decadência a partir do final do século 14, em função das disputas políticas internas e das incursões dos tuaregues (povo berbere), sendo conquistado, no século 15, pelos songais (povo africano até então dominado por Mali). Foi nesse mesmo século que os portugueses, em pleno processo de expansão marítima, conheceram o já decadente Mali.

Retirado de:

Vídeo sobre a cidade de Timbuktu (ou Tombuctu):


BARÃO DO RIO BRANCO - 5ªTB e 5ªTC - Avaliação I do 3º Bimestre

5ªTB e 5ªTC
Data da prova:
15/09/2010
Conteúdos:
- Hebreus, fenícios e persas (pg. 108, 109, 112, 115 até 119)
- Reino Kush (pg. 126, 129, 131 e 132)
- Caderno

Texto publicado no blog para auxiliar seus estudos:

BARÃO DO RIO BRANCO - 6ª Série - Avaliação I do 3º Bimestre

6ªTF
Data da prova:
15/09/2010

Conteúdos:
- Formação Monarquias Nacionais Européias (pg. 84 e 85)
- Renascimento Cultural (pg. 99 até 103)
- Reforma e Contrarreforma (pg. 106 até 110)
- Caderno

Texto publicado no blog para auxiliar seus estudos:


6ªTC,
6ªTD e 6ªTE
Data da prova:
17/09/2010

Conteúdos:
- Formação Monarquias Nacionais Européias
- Grandes Navegações
- Caderno

Texto publicado no blog para auxiliar seus estudos:

domingo, 12 de setembro de 2010

Estados nacionais: burguesia se une ao rei e forma o Estado-nação

O Estado-nação formou-se e se consolidou à medida em que as relações políticas e de produção que sustentavam o feudalismo se enfraqueciam, embora a nobreza ainda conseguisse manter privilégios como o controle de alguns tribunais e cobrança de pedágios.

Benefício para a expansão do comércio, o fortalecimento do Estado-nação, por seu turno, induzia ao aumento dos impostos para o pagamento de exércitos profissionais, do corpo jurídico, da máquina administrativa e, em alguns casos, para comprar a submissão e a fidelidade da nobreza ao rei.
A vitalidade do comércio garantia o dinheiro para tudo isso e, caso não garantisse, era junto à burguesia que o rei buscava empréstimos para cobrir rombos financeiros ("o rei governava com o dinheiro da burguesia").

Península Ibérica: a formação de Portugal e Espanha
A Península Ibérica, durante o século VIII, teve grande parte de seus territórios dominados pelos árabes que, inspirados pela jihad muçulmana, empreenderam a conquista de diversas localidades do Oriente e do Ocidente. Na porção centro-sul, os árabes consolidaram a formação do Califado de Córdoba, enquanto a região norte ficou sob controle dos reinos cristãos de Leão, Castela, Navarra, Aragão e o Condado de Barcelona.

Por volta do século XI, esses reinos católicos resolveram formar exércitos que – inspirados pelo movimento cruzadista – teriam a missão de expulsar os “infiéis” muçulmanos daquela região. A partir de então, a chamada Guerra de Reconquista se alongou até o século XV. Com o desenvolvimento desses conflitos, os diferentes reinos participantes do combate conseguiram reduzir a presença dos muçulmanos e conquistar novas terras que enriqueceram tais governos.

Durante essas guerras, os reinos ibéricos conseguiram a participação do francês Henrique de Borgonha, nobre que participou da guerra em troca do controle sob as terras do Condado Portucalense. Anos mais tarde, essa região deu origem à Monarquia Nacional Portuguesa. Já no século XV, a hegemonia dos reinos católicos era garantida pelo reino de Castela, que controlava a grande maioria das terras da Península Ibérica nesse período.

Em 1469, a presença muçulmana estava restrita ao Reino Mouro de Granada. Nesse mesmo ano, os territórios do Reino de Castela e Aragão foram unificados graças ao casamento entre os monarcas cristãos Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Depois disso, novos exércitos foram responsáveis por expulsar os muçulmanos definitivamente com a tomada de Granada, no ano de 1492. A partir de então, esse reino passou a fortalecer-se com franco incentivo ao comércio marítimo.

Mapa demonstrando a formação de Portugal e Espanha, do século XI ao XII

Guerra dos Cem Anos: conflito entre franceses e ingleses
No ano de 1337, teve início um conflito envolvendo a Inglaterra e a França, a Guerra dos Cem Anos, que se estendeu até 1453, e que foi a maior guerra européia medieval, tendo por efeito uma série de transformações decisivas para a afirmação do chamado mundo moderno.

As origens da guerra sintetizam, em vários aspectos, o caráter transitório do período, de um mundo feudal em decomposição, mas ainda predominante, em direção a uma nova realidade, marcada pelo crescimento do comércio, da economia urbana e da riqueza mercantil. Com efeito, tanto os elementos feudais quanto os interesses mercantis foram decisivos para a conflagração.

Os atritos entre as monarquias francesa e inglesa remontam ao século 12, envolvendo uma realidade que, muito mais que nacional, era tipicamente feudal. O crescimento do poder da monarquia francesa esteve diretamente ligado ao crescimento do comércio e das cidades.

Formação da França

A vitória na Guerra dos Cem Anos, conflito que opôs França e Inglaterra entre 1337 e 1453, contribuiu para a consolidação do poder do monarca francês, na medida em que garantiu um dos elementos centrais da formação do Estado-Nação moderno: a constituição de um exército permanente.

A formação desse imponente exército e a vitória contra os ingleses permitiu a ampliação do poder político real. A partir de então, o rei francês criou um articulado corpo de funcionários públicos que deveriam impor a autoridade real em oposição aos senhores feudais. Paralelamente, a burguesia passou a ceder grandes quantias para que o rei garantisse a liberdade das cidades através de uma carta de franquia, documento concedido pelo próprio monarca que liberava os centros urbanos das taxações feudais.

No ano de 1302, a assembléia dos Estados Gerais – composta pelo clero, a nobreza e os comerciantes – foi criada com o intuito de reafirmar a ação política do rei. Através desse órgão, o rei Filipe IV conseguiu impor taxas sobre as propriedades da Igreja.

No ano de 1453, o rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo real europeu.

Formação da Inglaterra

A Inglaterra teve seu processo de centralização política iniciado a partir da Baixa Idade Média, momento em que a Bretanha estava politicamente dividida em quatro reinos distintos. Sob o comando do rei Henrique II, o processo de unificação territorial foi iniciado com relativa eficácia durante o século XII. No governo seguinte, comandado pelo rei Ricardo Coração de Leão, diversas lutas contra os franceses e o envolvimento nas Cruzadas enfraqueceram o papel da autoridade monárquica.

A falta de um rei presente e os grandes custos gerados com os gastos em guerras e conflitos motivou a classe nobiliárquica a impor um documento limitando às funções do rei. No ano de 1215, o rei João Sem Terra ficou em uma situação delicada quando foi obrigado a assinar a Magna Carta, que limitava o poder do rei, impedindo-o de criar novos impostos ou alterar leis sem a aprovação do Grande Conselho, um órgão formado por integrantes da nobreza e do clero.

Após a derrota na Guerra dos Cem Anos, a política inglesa ainda sofreu um sério abalo com a disputa entre as famílias York e Lancaster, que se enfrentaram na Guerra das Duas Rosas. No final do conflito, a dinastia Tudor passou a controlar o trono britânico sob a liderança do monarca Henrique VII. A partir de então, a Estado Britânico se fortaleceu de maneira impressionante pautando sua hegemonia, principalmente, no fortalecimento de suas atividades mercantis. Nos governos de Henrique VIII e Elizabeth I o estado nacional britânico alcançou seu auge, afirmando o absolutismo na Inglaterra.


Adaptado de:
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u102.jhtm
http://www.brasilescola.com/historiag/formacao-monarquia-nacional-espanhola.htm
http://educacao.uol.com.br/historia/guerra-dos-cem-anos-origens.jhtm
http://educacao.uol.com.br/historia/absolutismo-na-franca.jhtm
http://www.brasilescola.com/historiag/formacao-estado-nacional-britanico.htm

Pérsia antiga

por Érica Turci

Estudar a Pérsia antiga significa estudar as origens históricas de um país que hoje tem grande destaque na política internacional: o Irã.

O país que conhecemos por Irã foi chamado de Império Persa até 1935. Contudo, inúmeros documentos, desde o século 7, se referem ao mesmo povo às vezes como persas, às vezes como iranianos.

Em 550 a.C., Ciro II, um governante persa, venceu a Média e unificou persas e medos, iniciando o Império Persa sob a dinastia dos aquemênidas.

Dario I deu continuidade as conquistas de Ciro II e se destacou como o maior governante dentre os aquemênidas. Ao mesmo tempo em que conseguiu conter diversas sublevações dentro do Império, manteve a política de seus antecessores com os diferentes povos dominados: cada povo tinha certa autonomia, desde que se mantivesse fiel ao imperador persa, enviando os tributos e fornecendo trabalhadores e contingentes militares.

Para facilitar a administração de tão vasto domínio, Dario I dividiu o império em satrapias, unidades administrativas que respeitavam os antigos limites políticos dos povos conquistados, e entregou cada uma delas a um sátapra, nobre de origem persa ou meda, escolhido pelo próprio imperador. O sátrapa, contudo, não podia transferir aos seus descendentes tal privilégio.

Além disso, Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios para viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do rei").
Mapa demonstrando as conquistas de território e a principal estrada dos persas, que ligava as cidades de Susa e Sardes.

Religião
Dario 1º, como grande imperador, ligou o seu nome ao deus Ahuramazda, transformando o zoroastrismo na religião oficial do império. Tal religião se fundamentava nos ensinamentos de Zaratustra (ou Zoroastro), um personagem semilendário que escreveu o livro Zend-Avesta, que fala sobre a existência de um grande deus chamado Ahuramazda, criador de todo o mundo, que no final dos tempos julgaria os humanos a partir de suas atitudes.

Adaptado de:
http://educacao.uol.com.br/historia/persia-antiga.jhtm

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Maior relógio do mundo é ativado em Meca

Um relógio gigante em um arranha-céu da cidade sagrada islâmica de Meca começou a funcionar nesta quarta-feira no início do Ramadã, mês no qual islâmicos realizam jejum durante o dia, em meio à esperança de que este será o relógio oficial para muçulmanos em todo o mundo.

O Relógio de Meca, que Riad diz ser o maior do mundo, tem quatro lados, com diâmetro de 43 metros cada.

O equipamento está localizado a 400 metros do que será o segundo maior prédio do mundo, com vista para a mesquita sagrada de Meca, para a qual muçulmanos em todo o mundo se voltam cinco vezes ao dia para orações.

"O relógio sagrado de Meca foi iniciado por ordem do rei Abdullah bin Abdulaziz Al Saud... um minuto depois da meia-noite desta manhã, o primeiro dia do mês sagrado do Ramadã", informou a agência estatal de notícias SPA.

Mais de 90 milhões de peças de vidro colorido formam mosaicos que compõem os quatro lados do relógio, que têm ainda uma grande inscrição do nome "Alá".

Segundo a agência estatal, o equipamento é visível de todas as regiões da cidade.

O relógio foi posicionado em uma torre de 601 metros de altura, que se tornará o segundo maior prédio habitado no mundo quando for concluído, daqui a três meses.

"Por estar localizado em frente à mesquita sagrada, todo o mundo islâmico se referirá à hora de Meca, em vez de Greenwich (GMT). O relógio de Meca se tornará um símbolo para todos os muçulmanos", disse Hashim Adnan, residente da cidade de Jidda.

O projeto é parte dos esforços para modernizar a antiga cidade e torná-la capaz de receber milhares de peregrinos.

Cerca de dois milhões de muçulmanos visitam a cidade todos os anos como parte da peregrinação do Hajj, exigida a todos os muçulmanos capaz de realizá-la. Outros 3,5 milhões de peregrinos visitam Meca durante o ano.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/781408-maior-relogio-do-mundo-e-ativado-em-meca.shtml

segunda-feira, 21 de junho de 2010

BARÃO DO RIO BRANCO - 6ªTC, 6ªTD, 6ªTE e 6ªTF - Avaliação II do 2º Bimestre

6ªTF
Data da prova:
23/06 (quarta-feira)

- Crescimento do comércio e das cidades (páginas 76 e 77)
- Saúde pública (páginas 78 e 79)
- Peste negra e revoltas camponesas (páginas 80 e 81)
- As Cruzadas (páginas 90 e 91)
- Caderno (conteúdos e questões)

* Sugestão: estude também pelo blog do Professor. Os links para conteúdos desta prova, são:
A partir de terça-feira (dia 22/06) vou passar olhando os cadernos de todos os alunos. Portanto, para não perder pontos, deixe seu caderno em dia com os conteúdos e atividades.


6ªTC, 6ªTD e 6ªTE
Data da prova:
25/06 (sexta-feira)

- Comércio, cidades e rebeliões (páginas 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 e 96)
- Caderno (conteúdos e questões)

* Sugestão: estude também pelo blog do Professor. Os links para conteúdos desta prova, são:
- Renascimento comercial e urbano:

A partir de terça-feira (dia 22/06) vou passar olhando os cadernos de todos os alunos. Portanto, para não perder pontos, deixe seu caderno em dia com os conteúdos e atividades.


Abraços,
Professor Samuka

BARÃO DO RIO BRANCO - 5ªTB e 5ªTC - Avaliação II do 2º Bimestre

5ªTB e 5ªTC
Data da prova:
23/06 (quarta-feira)

Abaixo estão descritos as páginas e temas que devem ser estudados para avaliação:
- Cidade, comércio e poder (páginas 78, 79, 80, 81, 82, 83 e 85)
- A civilização egípcia (páginas 88, 89 e 92)
- Caderno (conteúdos e questões sobre Mesopotâmia e Egito Antigo)

* Sugestão: estude também pelo blog do Professor. Os links para conteúdos desta prova, são:
- Mesopotâmia: Evolução econômica, política e militar:
http://professorsamuka.blogspot.com/2010/06/mesopotamia-evolucao-economica-politica.html
- Egito Antigo: Planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia:
http://professorsamuka.blogspot.com/2010/06/egito-antigo-planicie-fertil-do-rio.html


A partir de quarta-feira (dia 23/06) vou passar olhando os cadernos de todos os alunos. Portanto, para não perder pontos, deixe seu caderno em dia com os conteúdos e atividades.

Abraços,
Professor Samuka

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Egito Antigo: Planície fértil do rio Nilo favoreceu civilização egípcia

Tema freqüente dos meios de comunicação, o Egito é um país geralmente associado a descobertas arqueológicas da era anterior a Cristo. No imaginário do mundo atual, é o país das pirâmides, das múmias, da sedutora rainha Cleópatra e do caudaloso rio Nilo.

De fato, a civilização que se desenvolveu no Egito, numa antigüidade muito remota, é surpreendente no que se refere principalmente a seus aspectos culturais, incluindo-se aí a escrita (os chamados hieróglifos), a pintura, a escultura, a arquitetura, a mitologia, etc.

Porém, para se compreender o desenvolvimento cultural do antigo Egito, é preciso conhecer também as condições sociais e econômicas em que ele ocorreu. Do mesmo modo, é necessário considerar também uma questão geográfica, pois, como disse Heródoto, o historiador grego, "o Egito é uma dádiva do Nilo".

Às margens do Rio Nilo
Atualmente, o Egito tem 70 milhões de habitantes e é o mais populoso dos países árabes. Porém, exatamente como na Antigüidade, a maioria de sua população está concentrada em apenas 4% do território, às margens do Rio Nilo.

Por se localizar numa região cercada por desertos - o nordeste da África -, o Egito sempre teve a sua vida ligada às águas deste rio e às suas cheias, que fertilizam o solo, tornando possível o desenvolvimento de uma agricultura capaz de sustentar grandes contingentes populacionais.

Nos últimos séculos do 4º milênio a.C., com a acentuada queda dos índices pluviométricos na região, as populações nômades e semi-nômades que viviam nos oásis dos desertos do nordeste da África foram atraídas para as margens do rio Nilo. A ocupação da região ocorreu com levas sucessivas de tribos vindas das regiões da Líbia - a oeste -, da Palestina - a leste - e da Núbia (atual Sudão) - ao sul -, que acabaram formando a população egípcia.

civilização egípcia desenvolveu-se às margens do rio Nilo numa largura de 10 a 20 quilômetros e numa extensão de 1.000 quilômetros. Era extremamente dependente do rio, tanto para a manutenção das atividades agrícolas e a pecuária, como para o transporte de mercadorias e comunicação entre as diversas aldeias, sempre localizadas às margens do Nilo.

Diques e reservatórios no Rio Nilo
O controle das cheias do rio foi condição essencial para o desenvolvimento da civilização na região, pois o seu leito não era suficiente para conter as águas que inundavam a região. Foram construídos diques e reservatórios às margens do Nilo que retinham as águas que seriam utilizadas no momento da escassez das chuvas para a agricultura e a pecuária - conduzidas através de canais de irrigação -, ou para consumo humano. Com o retorno das águas ao leito do rio, ficava armazenado nas margens um precioso fertilizante, o húmus, que permitiu o surgimento de uma agricultura de alta produtividade.

Segundo os historiadores G. Moktar e J. Vercoutter, a "experiência logo ensinou os egípcios a desconfiar da inconstância do rio. Para compensar a escassez periódica, era necessário estocar cereais para alimentar a população e - mais importante ainda com vistas ao futuro - garantir quantidade suficiente de sementes para a semeadura seguinte, quaisquer que fossem as circunstâncias.

"Esses estoques de reserva eram fornecidos pelo governo central, graças ao duplo celeiro real, que estocava cereais em armazéns distribuídos por todo o país. Limitando o consumo em períodos de abundância e estocando o máximo possível para se precaver contra cheias insuficientes ou excessivas, o governo central passou a controlar, por assim dizer, a ordem natural e veio a desempenhar um papel muito importante."

Excedente econômico
A produtividade alta permitiu a acumulação de um excedente econômico, que viabilizou a construção das pirâmides, dos palácios, o desenvolvimento do artesanato, da ourivesaria e as guerras de expansão.

A produção agrícola era diversificada: trigo, cevada, ervilha, cebola, linho, tâmaras, diversas árvores frutíferas, além da pecuária (bois, ovelhas, porcos, cabras). Os egípcios desenvolveram também a caça e a pesca: a primeira realizada nos pântanos e no deserto e a segunda praticada no Nilo, nos reservatórios e canais de irrigação.

Artesanato e cultura
O artesanato era muito importante. Utilizaram o linho e o couro de animais, confeccionaram cerâmicas e durante largo tempo não houve separação entre agricultores e artesãos: como o ciclo agrícola era de seis meses (plantio e colheita), o restante do tempo era aproveitado nas atividades artesanais e na conservação dos canais de irrigação e dos reservatórios.

O papiro era abundante às margens do Nilo. As fibras da planta foram usadas para fazer embarcações, redes e cordas, mas acabou tendo enorme importância quando utilizado como matéria-prima para fazer papel. De acordo com o historiador J. Yoyotte, o "cultivo intensivo do papiro provavelmente contribuiu para o desaparecimento dos pântanos, refúgio dos pássaros, crocodilos e hipopótamos, que, na opinião dos própios antigos, davam brilho à paisagem egípcia".

Obras faraônicas
A transcrição nos papiros de fatos da história, do dia-a-dia do governo e das questões religiosas pelos escribas - funcionários governamentais dedicados à tarefa de registro em hieróglifos, sinais pictográficos simbolizando objetos - acabou transformando-se em importante fonte histórica para a reconstrução da civilização egípcia.

As grandes obras públicas, outra das principais características do Egito faraônico, como as pirâmides, palácios e canais de irrigação, só foram possíveis graças ao pagamento de tributos das comunidades - através do imposto em trabalho dos camponeses livres e em mercadorias - e da utilização dos escravos, prisioneiros de guerra -, em minas e pedreiras.

Grande parte da atividade econômica era controlada pelo Estado, que recebia parcela considerável do excedente econômico produzido pelas aldeias como tributo, e utilizava parte deles para alimentar os trabalhadores nas obras públicas e outra parcela era colocada no mercado.

Pirâmide social do Egito Antigo
Nos quase 2.500 anos do Egito dos faraós, a estrutura social pouco se alterou. Na base estavam os escravos, quase todos de origem estrangeira e em número reduzido, mas principalmente os camponeses livres, a maioria da população, que viviam nas aldeias e tinham de pagar diversos tributos ao Estado e aos templos.

Havia uma camada intermediária representada pelos artesãos urbanos, funcionários e escribas. A classe dominante era formada pelo faraó - adorado como um deus e exercendo também o poder militar, civil e judiciário - e sua família, pelos sacerdotes, militares e altos funcionários do Estado.

De acordo com o filósofo e historiador das religiões Mircea Eliade, para os egípcios a ordem social representa um aspecto da ordem cósmica. Assim, a realeza existiria desde o começo do mundo, pois o "Criador foi o primeiro Rei; ele transmitiu este função ao filho e sucessor, o primeiro Faraó. Essa delegação consagrou a realeza como instituição divina".

O papel da religião
A vida dos egípcios estava marcada pela religião e seus deuses. Osíris ensinou a agricultura aos seres humanos mas acabou traído e morto pelo irmão e rival Seth. Isis, sua mulher, convenceu os outros deuses a trazer de volta Osíris para a Terra: era ele que julgava após a morte os egípcios. Ouvia a defesa de cada um e, depois de pesar o coração do indivíduo - para saber se estava mentindo ou não - decidia pela inocência ou culpabilidade.

A crença em uma vida após a morte acompanhava o egípcio durante toda a sua existência. Desta forma, a construção de grandes túmulos, onde estavam acumulado tesouros e objetos de uso pessoal do morto, servia para que depois da vida ele mantivesse a mesma condição material.

Segundo o egiptólogo A. Abu Bakr, a "crença no além foi sem dúvida favorecida e influenciada pelas condições geográficas do Egito, onde a aridez do solo e o clima quente asseguravam uma notável conservação dos corpos após a morte, o que deve ter estimulado fortemente a convicção de que a vida continuava no além-túmulo".

O politeísmo da religião egípcia foi brevemente interrompido pela instituição do monoteísmo pelo faraó Amenófis IV (1380-1362 a.C.) com o culto ao deus Aton. Além de razões religiosas, o faraó também pretendia diminuir os poderes do clero, enriquecido pelo pagamento de tributos, e que exercia enorme influência política. Amenófis fundou uma nova capital, perseguiu os sacerdotes inimigos da reforma mas não conseguiu obter apoio popular. Após a sua morte foi restabelecido o politeísmo e a capital retornou para Tebas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Igreja Medieval: cultura e poder

*por Fernanda Machado

Poder e riqueza da Igreja Católica
A partir do século 10, com a desagregação política que caracterizou a Idade Média, sem um poder centralizador no continente europeu que comandasse os diversos povos que nele viviam, a Igreja Católica obteve espaço para ir expandindo cada vez seu "império da fé". Assim, acreditar em Cristo pressupunha uma série de regras que todo indivíduo deveria seguir para merecer um lugar após a sua morte no Paraíso celeste, ao lado de Deus.

Objetivando fazer os povos merecerem esse lugar no Paraíso, a Igreja instruía os fiéis a não pecarem, obedecendo aos mandamentos divinos e fazendo caridade. Essa caridade, por sua vez, além da ajuda ao próximo, também estavam diretamente relacionadas à doação de bens para a Igreja Católica, a fim de ajudá-la a prosseguir em sua missão.

Os nobres, então, como forma de se livrarem do que a religião considerava seus pecados terrenos, deveriam doar à Igreja bens materiais, como dinheiro, terras e riquezas. Portanto, o crescimento do poder dessa instituição e o tamanho de sua fortuna estão diretamente relacionados com a capacidade que a Igreja tinha de fazer com que os fiéis acreditassem nas verdades que ela pregava. Mais do que acreditar nelas, os fiéis deveriam temer a ira divina e o risco de queimarem no fogo do Inferno após a morte.

Mas como a Igreja fazia os povos acreditarem nisso e a obedecerem? Em primeiro lugar, não foi fácil o processo de definição sobre quais práticas cristãs eram certas ou erradas. Desde o século 4, sob o Imperador romano Constantino, começaram a definir-se os dogmas, com o Concílio de Nicéa, realizado em 325. Os dogmas são as verdades inquestionáveis que norteiam os católicos. No decorrer dos séculos, outros dogmas foram sendo criados, alguns foram reafirmados, outros negados.

Arquitetura e arte cristã
Esse é o sentido das enormes catedrais, com imagens e vitrais que mostravam as personagens e passagens bíblicas. A maioria da população européia, quase a totalidade dos pobres, era analfabeta nesse período. Assim, as imagens das igrejas eram um meio de ensinar os fiéis as histórias bíblicas. Além disso, o ar monumental, sombrio e grandioso dos vitrais e estátuas tinham o sentido de impressionar os fiéis, a fim de que não desobedecerem os mandamentos de Deus.

Essas características descritas acima definem os estilos arquitetônicos românico e gótico. Ainda é possível encontrar igrejas como essas até os dias de hoje. Isso se dá ou porque elas sobreviveram em alguns lugares da Europa por mais de mil anos, ou foram copiadas, alguns séculos depois, em outros lugares do mundo. A Catedral da Sé, em São Paulo, por exemplo, reproduz o estilo gótico medieval.

Igreja da Nossa Senhora da Azinheira (Portugal) com seus traços de arquitetura românica e a Catedral de Colônia (Alemanha) com seus traços de arquitetura gótica

Heresias, perseguições e tortura
A segunda estratégia dos católicos para impor sua fé e seu poder foi a perseguição e a guerra religiosa. A perseguição aconteceu desde os primeiros tempos em que a Igreja Católica se consolidou no século 4. No decorrer dos séculos, essa perseguição foi se tornando cada vez mais feroz, terminando, inclusive, em condenação à morte dos pecadores.

Houve, então, a caça aos hereges, aqueles que discordavam dos ensinamentos da Igreja e interpretavam o cristianismo de uma outra forma. Eles foram perseguidos pelo Tribunal do Santo Ofício, conhecido também como Tribunal da Inquisição, criado no ano de 1231, para combater o catarismo, uma seita cristã dissidente do catolicismo romano.

Muitas vezes, mesmo sem um conjunto de provas bem acabado, uma pessoa poderia ser acusada de transgredir o catolicismo e, com isso, obrigada a se apresentar a um tribunal. Geralmente, quando a confissão não era prontamente declarada, os condutores do processo estipulavam a prisão do acusado. Nesse momento, o possível herege era submetido a terríveis torturas que pretendiam facilitar a confissão de todos os crimes dos quais era acusado.

As torturas poderiam ser variadas. Em uma última modalidade da série, podemos destacar a utilização da chamada “tortura d’água”. Neste aparelho de tortura, o acusado era amarrado de barriga para cima em uma mesa estreita ou cavalete. Sem poder esboçar a mínima reação, os inquisidores introduziam um funil na boca do torturado e despejavam vários litros de água goela abaixo. Algumas vezes, um pano encharcado era introduzido na garganta, causado a falta de ar.

Tortura d´água e do pendulo

Tortura - Cama de estiramento, Iron Maiden (Dama de Ferro) e Cadeira Inquisitória

Iluminura medieval que representa a queima de pessoas consideradas hereges

O conhecimento e as universidades
Para concluir, é importante entender que, ao mesmo tempo em que a Igreja Católica teve o controle das práticas e do pensamento de grande parte das populações européias, usando para isso, inclusive, de meios cruéis, foi no seu interior, que importantes práticas culturais se desenvolveram. Por exemplo, as universidades surgiram em decorrência das atividades de ensino e reflexão filosófica praticadas no interior dos mosteiros.

Os mosteiros eram locais de reclusão do clero, onde os homens que estudavam a doutrina cristã, mantinham-se praticamente isolados da vida em sociedade, dedicando-se ao conhecimento. Os monges formavam, desse modo, o clero regular, que indicava o regime de reclusão ou semi-reclusão em que viviam. Em contraste, havia o clero secular (que vem da palavra mundo, em latim), que cuidava da administração da Igreja e do contato direto com os fiéis: eram o Papa, os bispos, os padres etc.

Dessa forma, foi, então, através do ensinamento dos padres que o conhecimento desenvolveu-se no período medieval na Europa. Assim, dentro das igrejas e catedrais, ensinavam-se às pessoas de origem nobre assuntos como gramática, retórica, lógica, geometria, música, dentre outros.
Iluminura do século XV que mostra uma cena de aula na Universidade de Bolonha (Itália)

Por fim, a partir do século 11, com a demanda por conhecimentos mais práticos na área do comércio e da negociação, as universidades surgiram, inicialmente controladas pela Igreja. Em diversos pontos da Península Itálica, na França e na Inglaterra apareceram essas primeiras instituições de ensino superior. Já no final do século 14, havia mais de 40 instituições deste tipo espalhadas pelo continente europeu.

Universidade de Oxford (Inglaterra)

Música e literatura
Poucas vezes o Homem teve a sua existência tão marcada pela espiritualidade quanto na Idade Média, e poucas vezes foi tão feliz ao tentar imprimir na arte os sinais do invisível.

A rápida expansão do cristianismo exige um maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana no século VI. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza ocanto gregoriano, que se torna modelo para a Europa católica. A notação musical sofre transformações, e os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas. O mais conhecido é o de Guido d'Arezzo (995? 1050?). No século XI, ele designa as notas musicais como são conhecidas atualmente: ut (mais tarde chamada dó), ré, mi, fá, sol, lá, si.



Os sistemas de notação impulsionam a música polifônica, já em prática na época como a música enchiriades, descrita em tratado musical do século IX, que introduz o canto paralelo em quintas (dó-sol), quartas (dó-fá) e oitavas (dó-dó). É designado organum paralelo e no século XII cede espaço ao organum polifônico, no qual as vozes não são mais paralelas e sim independentes umas das outras.

A atividade de compositores profanos, como os minnesangers e os meistersangers germânicos e os trovadores e troveiros franceses, é intensa entre os séculos XII e XIII. Os trovadores da Provença, ao sul da França, e os troveiros, ao norte, exercem forte influência na música e poesia medievais da Europa. Suas músicas de cunho popular, em dialetos franceses, enfatizavam aforismos políticos (como no compositor-poeta Marcabru), canções de amor (Arnaud Daniel, Jofre Rudel e Bernard de Ventadour), albas, canções de cruzadas, lamentações, duelos poético-musicais e baladas. As bases para suas melodias são os modos gregorianos, porém de ritmo marcado e dançante, com traços da música de origem moçárabe do mediterrâneo.

Adam de la Halle (1237-1287) troveiro francês, menestrel da corte de Roberto II de Arras, a quem acompanha em viagens a Nápoles. Trata seus poemas em composições musicais polifônicas, como os 16 rondós a três vozes e 18 jeu partis (jogos repartidos), em que se destacam o Jogo de Robin e Marion e o Jogo da folha, que podem ser classificados como as primeiras operetas francesas.
O Trovadorismo é a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Seu surgimento ocorre no mesmo período em que Portugal começa a despontar como nação independente, no século XII; porém, as suas origens dão-se na Provença, de onde vai se espalhar por praticamente toda a Europa.

Fonte:
http://educacao.uol.com.br/historia/
http://www.historiadomundo.com.br
http://reflexaoemmusica.blogspot.com/2009_05_03_archive.html

domingo, 13 de junho de 2010

Independência do Brasil: A separação política entre a colônia e Portugal

No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de dom Pedro 1º.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

Os motivos da separação
Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar sua supremacia comercial, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou dom João 6º a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

O rompimento
As pressões contra o controle de portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal.

Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, enviaram tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntas governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.

No início de 1823, houve eleições para a Assembléia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembléia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por dom João 6º.

Reconhecimento da independência do Brasil
Dom Pedro 1º negociou com as nações estrangeiras o reconhecimento da independência do Brasil. Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecê-la oficialmente. Não obstante, a adoção da forma de governo monárquico e as tendências absolutistas do imperador brasileiro gerou resistência ao reconhecimento da independência do Brasil por outros países americanos recém libertos do jugo colonial.

Na Europa, por outro lado, as nações conservadoras se opunham ao reconhecimento da independência de qualquer ex-colônia. A Inglaterra, porém, desempenhou um papel de mediadora, nas negociações para o reconhecimento internacional da independência do Brasil. Obteve deste modo, inúmeras vantagens comerciais. Foi por intermédio da Inglaterra que, em 1825, Portugal reconheceu a independência brasileira em troca de uma indenização de dois milhões de libras.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mesopotâmia: Evolução econômica, política e militar

por Érica Turci

Na Alta Mesopotâmia, região ocupada por uma das chamadas Civilizações Hidráulicas, as cheias dos rios Tigre e Eufrates ocorriam entre os meses de abril e maio, quando as geleiras das montanhas da Armênia derretiam e chegava a temporada das chuvas. Registros da época descrevem alagamentos que cobriam o solo "até onde os olhos não alcançam", muitas vezes destruindo tudo ao redor.

As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de armazenamento de água para o período da seca.

E exatamente por que esses trabalhos exigiam grande quantidade de pessoas em atividade constante (limpando, reformando, ampliando) e um bom planejamento, surgiram, por volta de 3.700 a.C, Estados centralizadores, que coordenavam tais tarefas.

Estados teocráticos
Especialistas na história da Mesopotâmia acreditam que os primeiros líderes políticos dessas cidades eram escolhidos por uma assembléia de cidadãos, já que a população que as habitava era pequena e cada família oferecia todos os seus membros aptos para as exaustivas tarefas nas obras de irrigação.

A elite privilegiada era formada por sacerdotes que, a fim de aplacar a fúria dos deuses e impedir novos e graves alagamentos, arrebanhavam mão-de-obra para a construção de templos que serviam para o culto religioso e, também, como celeiro para o excedente de produção a ser oferecido ao panteão de divindades. Na prática, contudo, os grãos sustentavam os sacerdotes, representantes dos deuses na terra. Aos poucos, os reis foram sendo associados a essa elite religiosa, surgindo os Estados teocráticos.

Economia e surgimento da escrita
A agricultura floresceu às margens do Tigre e do Eufrates. A base da alimentação era composta por cereais, principalmente a cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número cada vez maior de funcionários públicos.

O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e ostentar seu poder.

Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a alimentação e o comércio das cidades. Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade. As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as mais antigas formas de escrita do homem.

A religião
Assim como a maioria dos povos da Antiguidade, os mesopotâmicos erampoliteístas. Na Mesopotâmia, um incontável panteão de deuses e semideuses fazia parte da religião.

Apesar de a mitologia mesopotâmica ser ampla e complexa, seus deuses se organizavam em uma hierarquia clara, de acordo com a influência de seu poder. Os mais importantes eram: An (deus do céu), Enlil (deus do ar), Enki (deus da água) e Ninhursag (mãe-terra). Foram eles que, através de suas palavras, teriam criado o mundo. Desse mito talvez tenha nascido a crença no poder das palavras divinas.

Os filhos desses deuses estavam um degrau abaixo na escala de poder divino. Eram milhares de divindades, cada uma responsável por um aspecto do mundo, por uma parte do universo, agindo com o intuito de manter em funcionamento o plano iniciado por seus pais.

Os mesopotâmicos acreditavam que esses deuses, principalmente os deuses criadores, estavam muito distantes e muito ocupados com suas tarefas, para dar atenção às necessidades dos homens. Assim, para suprir as carências humanas, também existiam os deuses pessoais, que cuidavam da orientação de cada indivíduo e de sua família.

Os zigurates
Além disso, cada cidade-estado tinha seu deus protetor, que era honrado pelo rei do local e pelos mais importantes sacerdotes. Um templo em forma de pirâmide de degraus, o zigurate, era construído para servir como sua morada. O mais famoso zigurate foi construído para o deus Marduk, localizava-se naBabilônia e também é conhecido por Torre de Babel.

De qualquer forma, todos os deuses tinham características próximas às humanas (o que chamamos deantropomorfismo): casavam-se, tinham filhos, tinham ataques de fúria ou de extremo amor, podiam ser melancólicos, preguiçosos, invejosos ou, também, alegres, caridosos. Embebedavam-se, eram enganados por outros deuses, brigavam entre si por mais poder. Cada aspecto desses deuses foi relatado por uma longa série de mitos.

Segundo a crença da Mesopotâmia, para que toda a existência fosse ordenada, Enlil (deus do ar) criou o me, uma espécie de "lei universal" que governava a tudo e a todos, inclusive aos deuses. Esse me gerava conforto nos mesopotâmicos, pois sabiam que tudo continuaria eternamente funcionando segundo a ordem divina. E, dentro dessa ordem, acreditavam que o homem tinha sido criado com um único propósito: servir aos deuses, que deveriam ser respeitados, alimentados e abrigados em templos, para que não lançassem sua ira sobre os mortais.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/

terça-feira, 8 de junho de 2010

A vinda da família real para o Brasil (parte III)

Era verão na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, quando, em 7 de março de 1808, as naus trazendo a família real portuguesa entraram na Baía de Guanabara. Antes, porém, a comitiva desembarcara em Salvador, cidade onde permaneceu durante pouco mais de trinta dias. Além do apelo simbólico que a capital baiana tinha entre os portugueses, uma outra versão da história dá conta de que a parada ocorreu mesmo em função do mau tempo.

Da família real, embarcaram rumo ao Brasil, em novembro do ano anterior, a rainha dona Maria 1ª, o príncipe regente dom João 6º, sua esposa, Carlota Joaquina, seus filhos, Pedro e Miguel, e suas filhas, Maria Teresa, Maria Isabel, Maria da Assunção, Isabel Maria, Maria Francisca e Ana de Jesus Maria de Bragança. Vieram também na comitiva real duas irmãs da rainha, dona Maria Ana Francisca Josefa e dona Maria Francisca Benedita de Bragança, e o infante Pedro Carlos da Espanha, neto de dona Maria 1ª.

A chegada da realeza ao Brasil, acompanhada de centenas de nobres lusitanos que também fugiram da invasão napoleônica, modificaria radicalmente o dia-a-dia da Colônia e, muito particularmente, da cidade do Rio de Janeiro - que passou subitamente à condição de Corte. É evidente, portanto, que a velocidade com que os fatos se sucederam naquele momento trouxe toda sorte de dificuldades de adaptação, tanto para a realeza quanto para seus novos súditos.

São bem conhecidas as transformações resultantes da transferência da Corte portuguesa para o Brasil: a abertura dos portos às "nações amigas"; a suspensão do alvará assinado pela rainha, proibindo a instalação de indústrias na Colônia; a criação da Escola de Cirurgia, em Salvador, bem como do Jardim Botânico e da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro; entre outras. Não menos importante do que isso, entretanto, foram as mudanças nos hábitos e no cotidiano de quem vivia na nova capital da monarquia portuguesa.


Uma nova etiqueta
A transferência da dinastia de Bragança para o Brasil representou o encontro de dois mundos. Afinal, ainda que menos importante do que as tradicionais casas de Hannover (Inglaterra), Bourbon (França) e Habsburgo (Áustria), a instalação da monarquia portuguesa no Rio de Janeiro implicou em várias transformações de ordem social.

No intuito de transformar a nova capital numa cidade comparável às cortes européias, dom João abrigou missões artísticas e científicas, além de incentivar a encenação de espetáculos musicais e peças de teatro nos moldes do Velho Continente. A partir daí, criou-se a necessidade, entre os súditos, de uma nova etiqueta para as ocasiões sociais até então inexistentes.

O beija-mão, por exemplo, foi uma das mais importantes delas. Em desuso em outras casas monárquicas, o protocolo foi reabilitado por dom João 6º para reforçar a autoridade real sobre a nação. Ao mesmo tempo, era uma forma bastante eficaz de distanciar-se simbolicamente dos súditos, que precisavam cumprir um complexo protocolo para só então poder beijar a mão do príncipe regente.

Os nobres portugueses que acompanharam a família real também buscaram diferenciar-se dos novos súditos, que a todo custo tentavam agradar a realeza. Dotados da etiqueta cortês e herdeiros da tradição da nobreza européia, os hábitos e as vestimentas dos fidalgos lusitanos a todo tempo os separavam dos que eram apresentados àquelas formalidades pela primeira vez.

No desejo de acolher bem o príncipe regente e seus parentes, os habitantes mais abastados do Rio de Janeiro logo passaram a oferecer parte das suas riquezas à família real, necessitada de uma infra-estrutura mínima para instalar-se na cidade. O Palácio da Quinta da Boa Vista, por exemplo, residência dos Bragança na nova Corte, foi dado de presente pelo comerciante Elias Antonio Lopes logo após o desembarque no Rio de Janeiro.

Embora o tempo amenizasse as diferenças entre os "de fora" e os "de dentro", pelo menos nos primeiros anos elas estiveram bem presentes. A presença da Corte portuguesa no Brasil ajudou a mudar os costumes locais, ao mesmo tempo em que, tentando adequar-se à nova situação, os moradores do Rio de Janeiro imitavam o comportamento da nobreza lusitana, apesar de limitados pela falta de uma tradição anterior, que lhes permitisse desenvoltura para se relacionar nesse tipo de círculo social.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A vinda da família real para o Brasil (parte II)

A viagem da elite portuguesa não foi nada fácil, em especial devido a uma tempestade que dispersou os navios. Enquanto parte deles veio dar no sudeste, o que conduzia dom João aportou na Bahia, em janeiro de 1808. Em março, o príncipe regente preferiu transferir-se para o Rio de Janeiro, então pouco mais que uma vila.

De uma hora para outra, o Rio se viu obrigado a alojar uma multidão de nobres autoridades. Para os donos do poder, porém, não havia problemas. Dom João requisitou as melhores residências, simplesmente despejando seus moradores. Dali, agora, o Império português seria governado.

Apesar dos transtornos, as conseqüências da vinda da família real portuguesa para o Brasil foram positivas e culminaram com o processo de Independência do país. Para começar, ainda na Bahia, dom João pôs fim ao monopólio comercial da colônia, decretando a abertura dos portos às nações amigas .

Abertura dos Portos (documento na íntegra):

Todas as atividades no país se dinamizaram com a fixação da Corte no Rio de Janeiro. A necessidade de melhoramentos resultou em medidas que trouxeram rápido progresso. Por exemplo, revogou-se a lei que proibia as indústrias em nosso território e promoveu-se a melhoria de portos e a construção de estradas.

El-Rei, dom João 6o

A administração foi reorganizada pelo príncipe regente, com a criação de três ministérios (Guerra e Estrangeiros; Marinha; Fazenda e Interior), a fundação doBanco do Brasil, a instalação da Junta Geral do Comércio e da Casa de Suplicação, esta última o Supremo Tribunal da época.

Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de reino, de modo que todas as terras portuguesas passaram a chamar-se
Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves. Com isso, o país deixava de ser colônia e ganhava um novo status político.

Nos três anos seguintes, com a morte da rainha dona Maria 1
a (1816), o príncipe regente seria aclamado e coroado rei, como dom João 6o (1818). A partir de 1821, as capitanias passaram a ser chamadas de províncias e a divisão territorial do Brasil se aproximou da atual. A administração ficou centralizada nas mãos do rei e dos governadores das províncias a ele subordinados.

Noblesse oblige...

Culturalmente, o desenvolvimento no período também foi enorme: abriram-se teatros, bibliotecas, academias literárias e científicas, para atender não só à própria Corte, mas a uma população urbana em rápida expansão. Durante a estada de dom João, a população da capital dobrou: de 50 mil para 100 mil habitantes.

Além disso, chegaram ao Brasil cientistas e viajantes estrangeiros como o naturalista inglês John Mawe e o francês Saint-Hilaire, o zoólogo
Johann von Spix e o botânico von Martius (ambos alemães). Todos eles escreveram textos que se tornaram uma fonte básica de conhecimento da época.

Além disso, em março de 1816, chegou ao Rio de Janeiro a Missão Artística Francesa que incluía, entre outros, Grandjean de Montigny, arquiteto e primeiro professor de arquitetura no Brasil. Aqui ele introduziu o estilo neoclássico e sua casa, o atual Solar Grandjean de Montigny, preservada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), pode ser vista ainda hoje no bairro da Gávea, no Rio. Também vieram com a missão os pintores Félix Émile Taunay e
Jean Baptiste Debret que deixaram fascinantes retratos das paisagens e dos costumes do Rio nas primeiras décadas do século 19.

Avanço em termos

Não se pode, porém, exagerar os resultados das transformações que o país sofreu. Apesar das medidas liberalizantes, por exemplo, a indústria não se desenvolveu, pois não poderia competir com a inglesa. A Inglaterra aproveitou-se de sua posição para impor a importação de seus produtos e o comércio exterior brasileiro logo se tornou deficitário. O caráter agrário do país só se modificaria definitivamente no século 20.

A administração portuguesa mantinha os traços do absolutismo, do que dá testemunho a imprensa: o principal jornal brasileiro de então, "Gazeta do Rio de Janeiro", era uma espécie de diário oficial e ainda assim estava submetido à censura. O único jornal brasileiro independente, que criticava a administração lusitana, era o "Corrio Brasiliense", de Hipólito José da Costa. Contudo, editado em... Londres, entre 1808 e 1822.