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terça-feira, 7 de abril de 2015

ANTIGUIDADE ORIENTAL - Hebreus, fenícios e persas

HEBREUS 
*por Rainer de Sousa 

A cultura hebraica tem uma forte relação com o mundo contemporâneo. Levantando apenas um dos mais básicos argumentos que justificam essa afirmação, podemos atribuir a esse povo a criação de uma das maiores religiões do mundo atual: o cristianismo. Tendo essa posição de destaque na compreensão dos valores da cultura ocidental contemporânea, o estudo da civilização hebraica pode nos conceder intrigantes instrumentos de reflexão sobre os nossos valores e nossa cultura. 

A história dos hebreus se confunde com a trajetória de diversos outros povos do mundo antigo. Entre outros episódios podemos destacar o exílio no Egito, a dominação pelos babilônios e a conflituosa relação com as autoridades do Império Romano. Uma das maiores fontes de estudo da trajetória do povo hebreu se encontra na Bíblia, principalmente na parte do conhecido Velho Testamento. Nesse livro, hoje de valor sagrado para o Cristianismo, podemos ver alguns traços da história e da cultura desse povo. 

Em geral, costumamos dividir a história dos hebreus de acordo com as diferentes formas de organização política desse povo. A primeira fase dessa divisão faz referência ao chamado Período dos Patriarcas, onde um líder maior tinha atribuições de caráter religioso, jurídico e militar. Ao longo desse período temos uma fase de transição marcada pelo Êxodo para o Egito onde, fugindo de uma grande seca, essa civilização esteve sobre o domínio do Estado faraônico. 

Depois de conseguirem se livrar da dominação egípcia, os hebreus se organizaram em diferentes tribos sendo cada uma delas comandadas por um juiz. As situações de conflito estabelecidas com os outros povos da região palestina acabaram por viabilizar a formação de uma monarquia centralizada. A fragmentação dos hebreus em dois novos reinos (Judá e Israel) enfraqueceu militarmente os hebreus, que acabaram subordinados aos babilônicos e romanos. 

Após a Diáspora ocorrida no ano 70, os hebreus acabaram se espalhando ao redor do mundo. Suas tradições religiosas acabaram sendo o grande traço cultural capaz de manter os valores desse povo arraigados. Somente na segunda metade do século XX, o movimento sionista judaico foi capaz de estabelecer um novo Estado judeu na região da Palestina. A volta dos judeus ao seu local de origem, ainda hoje, sustenta uma interminável guerra com os árabes que dominaram a região durante todo esse tempo. 


FENÍCIOS 
*por Bruno Ferreira 

Este povo que foi dedicado ao comercio por consequência da sua posição geográfica de um lado uma região montanhosa e com poucas terras cultiváveis do outro o mar do mediterrâneo, desta forma viram no mar o caminho para novas conquistas criaram cidades quase independentes como os gregos e desafiaram o mar em direção ao desconhecido conseguiram seu objetivo de alcançar novos povos. 

Com tanta engenhosidade marítima a pratica sempre foi o seu nome e para tal a escrita deveria ser mais fácil ainda criaram e revolucionaram o modo de escrever e difundiram esse modo no mediterrâneo alguns povos pegaram a partir desta escrita e aperfeiçoaram o alfabeto com 22 símbolos esses foram os gregos e os romanos que influenciaram o nosso alfabeto atual e nossa escrita e etimologia, depois do fim do império o alfabeto foi difundido por outros povos. 

Os fenícios nunca tiveram uma poderoso exercito capaz de enfrentar os inimigos mais poderosos e ricos como Persas, Assírios e Romanos todos estes foram conquistadores dos fenícios que marginalizaram esse povo no seus famosos impérios. 

Portanto sem duvida nenhuma o povo fenício este que hoje podemos localizar no mapa e chamar de libaneses contribuíram e muito para a cultura ocidental. 


PERSAS 
*por Érica Turci 

Em 550 a.C., Ciro, um governante persa, venceu a Média e unificou persas e medos, iniciando o Império Persa sob a dinastia dos aquemênidas. Ciro, conhecido como "o Grande", deu aos medos a mesma condição política e militar dos persas e, ao dominar os elamitas, transformou sua capital, Susa, na nova capital do império. Assim, ao igualar os poderes entre o sul e o norte do Planalto Iraniano, conseguiu criar uma situação de paz interna e, dessa forma, pôde concluir a conquista sobre a Mesopotâmia e a Anatólia. 

Cambises, filho de Ciro, conquistou o Egito. Foi sob o reinado de Dario I que se iniciaram as Guerras Médicas, durante as quais ocorreu a Batalha de Maratona (490 a.C.), que marcou a primeira grande derrota militar persa. 

Ao mesmo tempo em que conseguiu conter diversas sublevações dentro do Império, Dario I manteve a política de seus antecessores com os diferentes povos dominados: cada povo tinha certa autonomia, desde que se mantivesse fiel ao imperador persa, enviando os tributos e fornecendo trabalhadores e contingentes militares. 

Para facilitar a administração de tão vasto domínio, Dario I dividiu o império em satrapias, unidades administrativas que respeitavam os antigos limites políticos dos povos conquistados, e entregou cada uma delas a um sátrapa, nobre de origem persa ou meda, escolhido pelo próprio imperador. O sátrapa, contudo, não podia transferir aos seus descendentes tal privilégio. Além disso, Dario criou uma rede eficiente de estradas e um sistema de correios para viabilizar a comunicação entre as várias regiões. E para manter seus sátrapas constantemente vinculados aos interesses imperiais, aumentou o número de funcionários reais que fiscalizavam cada satrapia (os "olhos e ouvidos do rei"). 

Religião 
Dario I, como grande imperador, ligou o seu nome ao deus Ahuramazda, transformando o zoroastrismo na religião oficial do império. Tal religião se fundamentava nos ensinamentos de Zaratustra (ou Zoroastro), um personagem semilendário que escreveu o livro Zend-Avesta, que fala sobre a existência de um grande deus chamado Ahuramazda, criador de todo o mundo, que no final dos tempos julgaria os humanos a partir de suas atitudes. 

Como contrapartida ao Bem que Ahuramazda representava, existia um deus secundário, Arimã, que quase se igualava em poder a Ahuramazda, mas que representava as forças obscuras do mundo. A luta eterna entre essas duas divindades era o centro da religiosidade persa, e a cada ser humano restava contribuir com suas atitudes cotidianas para que o Bem ou o Mal tivesse mais poder. 

Zaratustra já tinha definido que Ahuramazda venceria Arimã, mas a vitória seria mais fácil com a colaboração humana, e todos aqueles que tivessem contribuído para a vitória do Bem, receberiam em troca a vida eterna. 

Por existirem dois deuses principais no zoroastrismo, muitos falam em uma religião dualista, mas os historiadores defendem que o zoroastrismo seria o inicio ético do monoteísmo de judeus, cristãos e muçulmanos, já que propõe concepções como "luta entre Bem e Mal", "paraíso" e "juízo final", tendo Ahuramazda como sua divindade suprema. 

Quando Xerxes, filho de Dario 1º, assumiu o poder, tinha nas mãos quase um poder divino para governar todo o império. Xerxes teve como prerrogativa continuar a guerra de seu pai contra os gregos (2ª Guerra Médica), mas, ao ser vencido (479 a.C.), voltou seus interesses para a manutenção do império que herdara. Os sucessores de Xerxes se mantiveram ocupados com seus problemas internos até que um rei macedônio, Alexandre Magno, depois de submeter definitivamente a Grécia, em 334 a.C., atravessou o Helesponto e iniciou sua expansão político-militar sobre o Oriente, iniciando o Império Helenístico.

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