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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Arquitetura grega - O Pártenon ateniense

A maior expressão da arquitetura grega, talvez seja o Pártenon na acrópole da cidade de Atenas. Esta construção grandiosa demonstra a importância dada pelos gregos aos seus deuses. Assista o vídeo abaixo para conhecer mais detalhes desta obra magnífica:

sábado, 13 de agosto de 2011

Alemanha relembra 50 anos do Muro de Berlim

(via BBC Brasil)

A Alemanha comemora, neste sábado, os 50 anos desde a construção do Muro de Berlim, quando o lado leste (comunista) fechou suas fronteiras, dividindo a cidade em dois durante 28 anos e partindo famílias ao meio.

Mapa de Berlim após a Segunda Guerra Mundial

A cerimônia em memória desse marco começou com a leitura dos nomes de 136 berlinenses que morreram tentando cruzar o muro. O presidente alemão, Christian Wulff, disse que o muro é agora parte da história, e que o país está estabelecido em segurança como uma nação unificada.

A construção da barreira remete aos primeiros anos da Guerra Fria, quando Berlim Ocidental era o caminho escolhido por milhares de berlinenses orientais para fugir rumo à democracia do oeste. Em resposta, autoridades da Alemanha Oriental construíram, na noite de 13 de agosto de 1961, uma muralha que rodeava totalmente o lado ocidental da cidade.

Construção do Muro de Berlim (Agosto de 1961)

Pelas três décadas seguintes, Berlim se tornou um ponto de ebulição da Guerra Fria. E, apesar de a barreira ter sido derrubada em 1989, é considerada até hoje um símbolo de divisões econômicas na Alemanha.

Cicatrizes
O correspondente da BBC na cidade, Stephen Evans, explica que o muro teve um impacto fortíssimo na cidade, deixando alguns de seus moradores abalados pela sensação de aprisionamento. Alguns guardam as cicatrizes psciológicas até hoje.

É o caso de Gitta Heinrich, que atualmente não tem muros ao redor de sua casa. A proteção de seu terreno é feita com árvores e arbustos, em vez de concreto e pedras. Dentro de casa, ela mantém as portas entre os cômodos sempre abertas. Nas ruas, evita espaços confinados em que haja multidões.

Gitta é da pequena vila de Klein-Glicenicke, nos arredores de Berlim, por onde passou o muro, transformando o local em uma ilha da Alemanha Oriental presa dentro de Berlim Ocidental. Quando este foi derrubado, ela foi submetida a uma consulta médica, porque se sentia ansiosa e angustiada. Seu diagnóstico: "Mauerkrankheit", ou "doença do muro".

Queda do Muro de Berlim (Novembro de 1989)

'Dia mais triste'
O prefeito dde Berlim, Klaus Wowereit, declarou que, apesar de o muro ter ficado para a história, "não devemos esquecê-lo". Em uma cerimônia em Bernauer, rua que ficou conhecida por ter sido dividida pelo muro (e que hoje abriga um memorial), ele disse que a cidade está relembrando neste sábado "seu dia mais triste na história recente". "É nossa responsabilidade comum manter vivas as memórias e passá-las adiante às próximas gerações, para manter a liberdade e a democracia e para evitar que injustiças não voltem a ocorrer."

Placa em um dos locais onde passava o Muro de Berlim

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Neonazistas caem em pegadinha

(Foto: EFE) Camiseta foi distribuída gratuitamente

O público de um show neonazista, realizado na Alemanha, foi surpreendido ao descobrir que as camisetas que eles receberam como lembrança do evento tinham uma mensagem secreta anti extremista. Mas ela aparecia apenas depois de a roupa ser lavada.

O slogan das camisetas inicialmente combinavam com o tom do show: “rebeldes linha dura”, ilustrado por uma caveira e bandeiras nacionalistas.

Mas, uma vez lavadas, as frases se transformavam na mensagem de um grupo oferecendo ajuda aos extremistas de direita dispostos a abandonar as ideias nazistas. “Se sua camiseta pode fazer, você também pode – ajudaremos você a se afastar do extremismo de direita”, diz o slogan depois da primeira lavagem.

As roupas foram entregues pelos organizadores a 250 pessoas no show Rock for Germany, em Gera, após serem entregues como doações anônimas. Na verdade, foram fornecidas pelo EXIT, grupo que ajuda pessoas a se dissociar de neonazistas.

Contrariado, o organizador do festival, Gordon Richter, do partido de extrema direita NPD, chamou a pegadinha de desperdício de dinheiro: “É patético gastar dinheiro para fazer algo assim.”

Bernd Wagner, fundador do EXIT, disse que a ideia era alcançar pessoas que pensam em deixar o neonazismo. “Queríamos conscientizar essa gente sobre nosso programa, especialmente entre os jovens e os menos comprometidos”, disse Wagner.

Texto originalmente publicado em:

sábado, 6 de agosto de 2011

Há 66 anos... "I can kill´ cause in God I trust"

Trecho de texto publicado por Ronaldo Rogério de Freitas Mourão - Dr. pela Universidade de Sorbonne (Paris) e Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Em 6 de agosto de 1945, às 2h30min, hora local, e com condições meteorológicas favoráveis sobre Hiroshima, o bombardeiro B29 batizado de Enola Gay (em homenagem à mãe do piloto que comandava a missão) decolou do aeroporto militar norte-americano Tinian, nas Ilhas Marianas, sob o comando de Paul Tibbets, sendo a tripulação composta de Robert Lewis, Thomas Ferebee, William Parsons, Morris Jeppson e outros. O comandante Tibbets era o único que conhecia os efeitos da bomba que transportava, medindo 4,50 metros de comprimento e 76 cm de diâmetro. Às 8h9min, Hiroshima aparece entre as nuvens. Às 8h16min45s a bomba é lançada. A explosão de 60 kg de U235, equivalente a 12.500 toneladas de TNT, ocorreu 40 segundos mais tarde, a 580 metros acima da cidade, provocando a morte de 140.000 civis. O número de sobreviventes foi superior a 300.000, que apresentaram efeitos de curto e longo termo decorrentes de doenças provenientes da exposição à radiação.


A bomba atômica produziu efeitos arrasadores. Nos primeiros milionésimos de segundos, a energia térmica liberada na atmosfera transforma o ar em uma bola de fogo de aproximadamente 1 km de diâmetro. Durante alguns segundos um calor de vários milhões de graus paira sobre Hiroshima. No solo, a temperatura atinge vários milhões de graus sob o epicentro da explosão. Num raio de 1 km, tudo foi instantaneamente vaporizado e reduzido a cinzas; até 4 km do epicentro os prédios e os seres humanos sofreram combustão instantânea e espontânea; num raio de 8 km, as pessoas sofreram queimaduras de 3º grau.


Após o calor, ocorreu uma onda de choque que provocou um efeito devastador, causado pela enorme pressão devida à expansão dos gases; essa onda de choque progrediu a uma velocidade de 1.000 km por hora, como se fosse um muro de ar sólido. Ela reduziu a pó tudo o que se encontrava num raio de dois quilômetros. Dos 90 mil prédios da cidade, 62 mil foram completamente destruídos.

Um efeito ainda pouco conhecido em 1945 foi a radioatividade espalhada pela explosão nuclear, que provocou câncer, leucemia e outras doenças. Ela disseminou um terror muito maior do que outras conseqüências, pois suas manifestações só apareceriam dias, meses e até mesmo anos após a explosão.


Em 6 de agosto de 1945, a Casa Branca comunicou o bombardeio de Hiroshima ao povo norte-americano: "acabamos de lançar sobre o Japão a força de onde o Sol tira o seu poder. Nós conseguimos domesticar a energia fundamental do universo". O presidente Harry Truman declarou: "O mundo constata que a primeira bomba atômica foi lançada sobre Hiroshima, uma base militar; nós ganhamos, contra a Alemanha, a corrida da sua descoberta. Nós a utilizamos com a finalidade de reduzir a angústia da guerra e com o fim de salvar as vidas de milhares e milhares de jovens americanos. Nós continuaremos a empregá-la até conseguirmos destruir completamente os recursos bélicos japoneses" (cf. Truman, 1955.).t

Em 9 de agosto de 1945, às 11h2min, uma segunda bomba nuclear, a Fat man, foi lançada por Charles Sweeney, Frederick Ashworth e outros de um bombardeiro B-29 sobre a cidade de Nagasaki. O alvo foi trocado de Kokura para Nagasaki em virtude das más condições de visibilidade. A explosão, equivalente a 22 mil toneladas de TNT, foi obtida usando 8 kg de plutônio 239, com uma bomba de 4.5 toneladas, que provocaram a morte de mais de 70 mil civis.


Em 15 de agosto, Hirohito, Imperador do Japão, anunciou a capitulação incondicional de seu país. Ele tinha 46 anos, quando se dirigiu pela primeira vez ao seu povo para comunicar chorando, em linguagem arcaica, que o Japão perdera a guerra. O inimaginável tinha acontecido, era necessário aceitar o inaceitável: a rendição, a ocupação, a humilhação. Acabara o Grande Império. Em 2 de setembro de 1945, a rendição japonesa é assinada. Assim estava terminada a Segunda Guerra Mundial, que não acabou em 8 de maio com a capitulação do Terceiro Reich, mas em 6 e 9 de agosto de 1945, com as duas bombas que deram início à Guerra Fria.